Como viajar o mundo por 1 ano com 30 mil reais?

SEMPRE FALAMOS AQUI NA VIRAVOLTA QUE NÃO É PRECISO SER RICO PARA VIAJAR O MUNDO. Lá na categoria QUANTO CUSTA mostramos que é possível viajar o mundo com vários orçamentos diferentes. E para provar isso a vocês resolvemos compartilhar um exemplo vivo. Enrico e Lívia, do blog Café dos Viajantes, estão rodando o mundo já a 10 meses e eles vão gastar um pouco menos de 30 mil reais por pessoa em um ano.

Nesse post eles compartilharam todos os seus custos e como eles fazem para viajar barato:

Dados da Viagem

Roteiro até o momento: desde nossa chegada a Madri em maio de 2014 fizemos um bate-volta ao Marrocos, passamos pela Itália, descemos pela ex-Iugoslávia, Albânia e a Grécia, seguimos à Turquia, conhecemos um pouco do Oriente Médio no Irã, voamos para a Rússia e usamos a ferrovia transmongoliana até a China. Neste ponto nossa viagem passou a usar o tempo do visto em cada país. Ficamos um mês completo na China, Vietnã, Cambodia e na Índia. Em março, chegamos ao Nepal!

 Custos da viagem

 

Preparamos nosso orçamento considerando os custos de outros viajantes e de sites que disponibilizam o custo de vida em diversas cidades e países. Entre os mais úteis está o numbeo. O orçamento previsto era de R$ 40.000 para cada um, mas até o momento gastamos aproximadamente R$25.000 cada em 10 meses de viagem, abaixo do esperado. A média diária é de uns cerca de R$ 80 por pessoa. 

Notas da tabela: a referência de gastos na Mongólia não é a ideal. No caso deles eles tiveram um alto custo pela necessidade de um visto emergencial e ficaram apenas 4 dias, o que faz com que a média-dia fique muito elevada. Mas seria possível viajar com um média bem menor pelo país.[/obs]

Férias de até 30 dias acabam sendo mais intensas pela limitação do tempo, portanto, em uma viagem de longo prazo, os custos se diluem mais e ficamos mais tempo nos lugares do que a média dos viajantes.

Fizemos as contas de quanto gastávamos por dia em casa, considerando os custos de aluguel, mercado, transporte, etc. e vimos que é mais barato estar viajando do que parado no Rio de Janeiro.

Como viajar o mundo barato?

 
  • Hospedagem – aprendemos a economizar o possível com hospedagem, por exemplo, ficando em dormitórios, campings (em alguns não é necessário ter barraca!) ou Couchsurfing. Uma dica é buscar lugares com cozinha e preparar sua própria refeição em vez de sempre ir a restaurantes. Fizemos isso especialmente na Europa.
  • Muita pesquisa – outro fator importantíssimo é pesquisar! Pesquisar tudo antes. Desde o preço médio de transportes e hospedagem até o de comida e frutas no mercado. Há muitos viajantes que não se importam e pagam o que pedirem, fazendo com que os vendedores achem que podem cobrar qualquer valor. Taxi saindo de rodoviária, ferrovia e aeroporto é derrota no orçamento se você não sabe o quanto pagar – ou se não descobriu antes que tinha um link no metrô ou ônibus bem pertinho, um décimo do preço! Fóruns são ótimas fontes de informação: vale olhar o do Tripadvisor ou o Thorn Tree, da Lonely Planet. E tem o mochileiros.com que é boa fonte em português. Grupos de viagem no Facebook também podem ser úteis, sempre tem alguém disposto a ajudar.
  • Esqueça a preguiça – uma última recomendação é esquecer a preguiça. Com tempo disponível, a necessidade de contratar tours ou transfers se reduz, com exceção dos locais em que é proibido viajar independentemente, como a Coréia do Norte ou o Tibet. Em geral buscar modos autônomos de ir pode demandar mais tempo, mas vai roer menos do seu orçamento. Esse modelo permite ainda que a pessoa ganhe na flexibilidade e vá aonde queira em seu próprio ritmo. E o melhor: a expõe a um contato com o povo local mais forte do que estando em microcosmos de turistas dentro das cidades.

A cotação do dólar certamente está afetando nossa viagem, porém os valores na Ásia são muito baixos, o que faz com que seja possível seguir manipulando o orçamento. Ser obrigado a encerrar uma viagem que é um sonho por falta de verba seria o modo mais triste de retornar ao Brasil. Não deixamos de fazer o que queremos, apenas julgamos com mais cuidado nossas opções. E assim como no início, não nos preocupamos em fazer tudo possível em todos lugares pelos quais passamos. A viagem também nos ensinou a curtir cada vez mais as coisas simples, como andar pelas cidades sem rumo, conversar e tirar fotos das pessoas.

Como controlar a grana?

 

Utilizamos um aplicativo chamado MoneyWise, em que criamos uma conta para cada país e moeda, registramos todas as operações que fazemos, sejam compras, câmbio, restaurantes e também se foi um gasto para o casal ou individual. Com ele conseguimos saber quanto dinheiro temos em cada moeda, quanto gastamos por período e exportar para uma planilha. 

Uma nova visão que essa experiência trouxe pra vida.

 

A noção de tempo muda muito com uma viagem dessas, além de descobrir novos interesses. O dia não se resume ao clássico sightseeing, visitar lugares turísticos e andar sem parar. Há os dias em que se faz isso, mas há outros em que você tem a liberdade de simplesmente parar e ler um livro, estudar fotografia, línguas, etc. Você monta sua rotina, seu horário, da mesma forma que algumas empresas modernas começam a ver que é mais proveitoso no mundo do trabalho: deixar o funcionário ter tempo para suas atividades e usar de seu melhor período de produtividade no dia para exercer suas funções. Cumprindo os objetivos de maneira satisfatória, não há motivo para continuar a escravidão das 8h (no mínimo) diárias de escritório e trânsito. Talvez esse movimento forte que se vê hoje no Brasil de pessoas partindo para anos sabáticos ou escapadas mais longas do trabalho seja um reflexo da necessidade de repensar o modelo. Viajar é uma das melhores maneiras de abrir a mente e refletir sobre a vida e todas as suas possibilidades.   

ENRICO LUZI E LÍVIA DUARTE

Ele, 30, é formado engenheiro, metido a esportista, cinéfilo alternativo e virou especialista em logística, orçamento e negociação com taxistas. Ela, 29, é jornalista e aproveita a viagem para reatar o romance com a escrita ao narrar as histórias e encrencas da viagem no blog.  Conheça mais: Café dos Viajantes e FB.

Sempre podemos alcançar o que queremos de verdade… Só precisamos parar de criar desculpas. Vai que dá.

Créditos fotos: Café dos Viajantes

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Carol Fernandes

IDEALIZADORA

Uma virginiana certinha da pá virada, que virou de vez depois de viajar o mundo e decidiu que só ia fazer o bem. Criou a ViraVolta porque acredita que viajar o mundo transforma as pessoas e as pessoas transformam o mundo. Não escreve rebuscado, poético ou certinho, mas fala com a alma e o coração.​

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