Como juntar grana na Nova Zelândia para viajar o mundo


A GRANA TÁ CURTA PRA VOCÊ CONSEGUIR VIAJAR O MUNDO? JÁ PENSOU EM PARAR PELO CAMINHO PRA JUNTAR UMA GRANINHA? A NOVA ZELÂNDIA PODE SER UMA ÓTIMA OPÇÃO.
Muitas pessoas me perguntam sobre oportunidades de trabalhos remunerados pelo mundo, mas sabemos que essa questão é delicada por conta da necessidade de visto de trabalho na maioria dos casos. Mas juntar grana na Nova Zelândia é uma das opções mais simples pelo mundo e super possível para brasileiros.

E para falar com propriedade desse assunto, convidei o viajante Guilherme Brunner, do blog World Upon My Shoulders. Ele decidiu se jogar pelo mundo quando uma crise atingiu o mercado onde ele trabalhava e mesmo sem ter a grana guardada ele acabou optando por viajar e conseguir a grana pelo caminho. Aos 28 anos, em 2014, ele partiu sem passagem de volta, tendo como primeiro destino a Nova Zelândia, e está até hoje na estrada.

Texto de Guilherme Brunner

 

Eu comecei minha viagem em abril de 2014 e meu primeiro destino foi a Nova Zelândia, onde eu comecei fazendo uma road trip por todo o país durante 5 meses. Foram mais de 15.000 km percorridos numa van, que além de meio de transporte, era também a minha casa. Viajar de carro é uma das melhores formas de conhecer o país pela facilidade e flexibilidade de parar onde quiser. E acredite, pode ser mais barato do que você imagina!

Minha primeira experiência de trabalho na Nova Zelândia foi através do Workaway em uma fazenda de gado próxima a Christchuch. Foi uma troca de trabalho por acomodação, onde eu trabalhava cerca de 5h por dia alimentando os animais e executando tarefas cotidianas na fazenda, e em troca recebia comida e tinha um quarto só pra mim.

Durante minha viagem por lá descobri a opção do Working Holiday Visa, um visto que me permitiria trabalhar legalmente e com isso eu conseguiria juntar uma grana para continuar a viagem. Então em Setembro de 2014 comecei a viver e trabalhar em Queenstown, a cidade mais turística do país, também conhecida por ser a “Capital mundial dos esportes radicais”.

Meu primeiro emprego foi em um restaurante da cidade como kitchen hand, lavando louça e ajudando os chefes na cozinha. Consegui esse emprego no meu primeiro dia na cidade, e foram 4 meses nessa função no total trabalhando cerca de 7 a 9h por dia, 5 dias por semana. Como não trabalhava muitas horas, ainda tinha bastante tempo para aproveitar o agito local, afinal era verão e a cidade estava sempre lotada.

Porém, como precisava de mais dinheiro, troquei o trabalho no restaurante por um de pintor, no qual eu pintei casas e apartamentos em Queenstown e região por 5 meses. O trabalho era melhor remunerado e passei a trabalhar cerca de 50h por semana, mas como era mais pesado, deixei a diversão de lado e passei a ficar mais em casa, o que foi bom para conseguir juntar mais dinheiro nesse período.

Após quase um ano e meio no país, posso dizer que a minha experiência na Nova Zelândia foi muito positiva, pois aprendi muito sobre novas profissões e consegui uma grana que vai me manter por mais um ano na estrada. O país é uma ótima opção para quem deseja viajar e juntar um dinheiro para viajar mais, pois tem um dos melhores salários mínimos do mundo e muitas ofertas de emprego para mochileiros que tenham um razoável nível de inglês. Uma boa alternativa para aqueles que o trabalho como “Nômade Digital” não é uma realidade.

Tão importante quanto a experiência profissional foi também a experiência como viajante. Na Nova Zelândia tive a oportunidade de conhecer mochileiros de todos os cantos, com diversas histórias e formas alternativas de viajar (carona, couchsurfing, trabalho por acomodação e voluntário, housesitting e trabalho em veleiros) que me motivaram a continuar a jornada de uma forma diferente.

DICAS PARA QUEM QUER TRABALHAR NA NOVA ZELÂNDIA

  • Trabalhar ilegal na Nova Zelândia é crime, e dificilmente algum empregador te dará um emprego se você não tiver um visto de trabalho. Para quem tem até 30 anos, a melhor opção de visto é o Working Holiday Visa, que te permite visitar e trabalhar no país por 1 ano. Para quem já passou dos 30, uma outra opção de conseguir um visto de trabalho é através de um patrocínio do empregador, mas geralmente requer experiência em áreas específicas.
  • Você pode aplicar para o Working Holiday Visa online no site oficial da imigração da Nova Zelândia, todo início de Setembro. Entre as exigências, além da idade entre 18 e 30 anos, não é permitido levar filhos, você vai precisar comprovar que tem fundos de NZ$4,200 para os seus custos de sobrevivência lá e mais a grana para comprar a passagem de saída do país, além das exigências de saúde e zero antecedentes criminais. Importante: você vai precisar de um cartão de crédito para pagar a taxa de inscrição.
  • Cidades grandes como Auckland e Wellington são mais difíceis de se conseguir um emprego devido à alta concorrência. Christchurch, com várias ofertas na área de construção, e Queenstown, turismo e hotelaria, são onde estão muitas das oportunidades no país.
  • O salário mínimo no país é $14.75 (2015) por hora, mas não é muito difícil ganhar mais. Trabalhos em obra (pedreiro, carpinteiro, pintor e outros) podem ganhar de $18 a $30 dependendo da experiência, enquanto baristas, garçons e chefes de cozinha com boa experiência podem facilmente tirar $20 ou mais por hora.
  • Existem muitos websites e jornais locais com oportunidades de emprego, como Seek, TradeMe Jobs e Careers NZ, mas a melhor forma de se conseguir trabalho é batendo diretamente na porta do empregador, mesmo que não haja nenhuma vaga anunciada. Agências de recrutamento são uma boa opção também.
  • Faça um currículo em inglês (claro!) e carta de apresentação se necessário, utilizando sempre o modelo neozelandês. Inclua suas experiências no Brasil e tenha muito cuidado com erros de inglês (peça algum amigo que seja nativo para conferir ou considere pagar por uma tradução).

O Guilherme fez um vídeo que resume todas as experiências que ele viveu nesse 1 ano e meio na Nova Zelândia e já da pra ter uma boa noção de que o país está cheio de belezas naturais incríveis. Dá uma olhada:

GUILHERME BRUNNER

Capixaba, Guilherme resolveu largar tudo que tinha para trás aos 28 anos em busca de transformação pessoal através de uma volta ao mundo sem muitos planos, sem data pra acabar, vivendo como um nômade e trabalhando pelo caminho. Conheça mais: Blog, facebook e YT.

Viu só, se você é daqueles que vai desistir do seu sonho de viajar o mundo porque acha que nunca vai conseguir uma grana suficiente, começa a abrir os seus olhos para outras possibilidades. Se em 10 meses de trabalho na Nova Zelândia o Guilherme conseguiu juntar grana para viajar 1 ano porque você não poderia fazer o mesmo? Ou desapega e aprende a viajar quase sem grana, como muitos outros viajantes já fazem. Vai que dá!

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Carol Fernandes

IDEALIZADORA

Uma virginiana certinha da pá virada, que virou de vez depois de viajar o mundo e decidiu que só ia fazer o bem. Criou a ViraVolta porque acredita que viajar o mundo transforma as pessoas e as pessoas transformam o mundo. Não escreve rebuscado, poético ou certinho, mas fala com a alma e o coração.​

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