Aprenda sobre permacultura

O CONCEITO DE PERMACULTURA TEM CRESCIDO MUITO ATUALMENTE, JUNTO COM TODAS AS QUESTÕES GLOBAIS DE SUSTENTABILIDADE. NUNCA OUVIU FALAR? Esse casal de viajantes, Camila Lino e Chico Lencioni, saíram para rodar o mundo em busca de experiências sócio ambientais e aqui eles explicam e passam dicas sobre esse conceito. Se você vai rodar o mundo eu diria que essa pode ser uma experiência incrivelmente interessante para abrir sua mente para novos conceitos e estilos de vida.

Texto de Chico Lencioni:

 

O QUE É?

 

Permacultura para quem não sabe, é um conceito inspirado nos ecossistemas naturais, que visa a construção de comunidades humanas e ecológicas ou de sistemas agrícolas estáveis, equilibrados e auto-suficientes. Essa prática é aplicável tanto na tua casa quanto no teu trabalho, na tua horta ou em fazendas, cujo objetivo, na maioria dos casos, é a produção de alimentos orgânicos com baixíssimos impactos ambientais. Hoje é possível observar um grande número delas, ou ainda, comunidades agrícolas que centram seus esforços nessa ideia de serem alternativos e sustentáveis ao mesmo tempo. Elas pipocam o mundo todo numa espécie de nova onda, ou mesmo modismo, marcando uma nova geração das ditas “comunidades alternativas”, um pouco distintas das que surgiram em meados da década de 70, influenciadas pelo movimento Hippie.

Cabana de reciclagem (Crédito: Chico Lencion)

POR QUE FAZER?

 

Nesse contexto, viajantes de todas as partes do mundo, encontraram um jeito curioso e compensador de percorrer diferentes países de uma forma que foge aos modelos tradicionais de “turismo”. Se você busca aprender viajando, conviver com pessoas de diferentes culturas e ainda, dedicar parte do teu tempo a uma causa ou a serviços voluntários, prepare seu condicionamento físico e o protetor solar que, trabalho pesado te espera!Nós embarcamos nessa ideia a nove meses atrás com o intuito de nos engajarmos em causas socioambientais, exercendo nossa cidadania global e vivenciando experiências de profunda transformação pessoal.

Dinâmica de grupo (Crédito: Chico Lencioni)

APRENDIZADOS:

Nossa última empreitada se deu no projeto Sadhana Forest, no sul da Índia, próximo à Puducherry, que tem por objetivo, o reflorestamento de uma área em processo de desertificação e a introdução de um número crescente de pessoas para uma vida mais saudável através da transformação ecológica e o veganismo. Lá pudemos aprender:

  • Instruções do banheiro seco (Crédito: James Topping)
  • sobre como é viver em comunidade, compartilhando os afazeres diários com cerca de 120 pessoas de todos os lugares do mundo e diferentes idades.
  • sobre o plantio de árvores em terras áridas, sobre formas alternativas de energia e ainda, toda a sorte de atividades que visam a manutenção do bem estar coletivo combatendo o desperdício e reduzindo o impacto ambiental. Desses, o mais curioso e controverso foi sem dúvida o trabalho nos banheiros tipos “secos”, sem o uso convencional dos acentos de louça com água a que estamos tão familiarizados.
  • trocar conhecimento. Há muito espaço para essa troca saudável de conhecimento e ainda, como recompensa, muito espaço para exercer qualquer tipo de atividade criativa, tais como música, pintura ou mesmo invenções malucas com materiais reciclados, tudo regado a muita camaradagem, carinho e diversão.
Plantio de mudas (Crédito: James Topping)

ONDE ENCONTRAR LUGARES PARA VIVER ESSA EXPERIÊNCIA?


Vida de mochileiro é assim: conhece alguém, que conhece alguém que sabe de um projeto interessante para voluntariar e conosco, não foi diferente! Se você ainda está no início da sua viagem e não conhece tanta gente assim, não se preocupe. Sites como HELPEX fornecem boa parte das informações que você precisa.

Alerta: Na internet é possível encontrar muita informação. Mas não se engane! Separar o joio do trigo é onde repousa o maior desafio. Quem busca uma experiência realmente genuína deve pesquisar bastante afim de evitar os falsos ou interessados em mão de obra e dinheiro fácil, os chamados “volunteer business”. Compare também os custos e as condições de trabalho para que não haja surpresas desagradáveis, nem problemas com o orçamento. Existem lugares onde ainda se trocam trabalho por comida e estadia. Pode ser uma ótima alternativa para quem pretende economizar algum dinheiro, no entanto, exigem um período mínimo de permanência, que pode variar de um a três meses. De modo geral, é uma oportunidade interessantíssima de ampliar horizontes, fazer amigos e explorar novos paradigmas. Em muitos casos, você consegue sair das rotas mais turísticas de um país, o que te possibilita um contato bem mais íntimo com a cultura local, com um modo de vida mais simples e através disso, com lugares, pessoas e paisagens tão lindas que ficarão gravados na memória como sendo os melhores de uma vida inteira!

Ah, vale lembrar que não é preciso viajar tão longe para ter uma experiência destas! Ai mesmo no Brasil, existem vários projetos, por exemplo, o IPEMA (Instituto de Permacultura da Mata Atlântica) ou o IPEC (Instituto de Permacultura do Cerrado), onde é possível viver um pouco de tudo isto e muito mais!

DICAS IMPORTANTES:

 

Visto: Atentar para as limitações de visto e outras questões burocráticas para que não haja problemas. Normalmente projetos de permacultura em fazendas e ou comunidades tradicionais estão distantes de grandes centros e a logística de um ponto a outro nem sempre é fácil caso precise recorrer a solicitações urgentes.
Questões Médicas: É recomendável tomar as devidas vacinas e ter em mãos um kit medico básico uma vez que, em muitos casos, o trabalho é realizado em condições das quais não estamos muito acostumados. Muito sol, muito esforço físico e animais perigosos são, na maioria das vezes, uma constante. É importante fazer um check up antes para saber seu limite. Mais importante ainda é respeitá-lo. No meu caso, como exemplo, perdi 12 kg em 2 meses no meu primeiro projeto no Nepal trabalhando como pedreiro, fazendeiro, cozinheiro e professor.
Inglês: Não diria que é fundamental saber um outro idioma, mas é quase! A comunicação é a alma do negócio. Trocar experiência é uma das partes mais ricas desse processo e ter a possibilidade de fazê-lo, é delicioso. Ainda que em muitos casos, no convívio com pessoas locais, o gesto vale mais que palavras.
Mente Aberta: Esteja aberto a novos conceitos e procure vivencia-los sem julgamentos. Muitas comunidades possuem seu próprio código de ética, de valores ou ideais que vão na contramão do que estamos acostumados. Saia de sua zona de conforto, abra a mente e renove suas crenças.

Área de compostagem (Crédito: Chico Lencioni)

 

CAMILA LINO E CHICO LENCIONI

Largaram tudo para viver um sonho ou como dizem alguns: “Viajar na maionese”. Descobriram enfim, o prazer imensurável de se perder por aí, vivenciando experiências de profunda transformação pessoal e de imensurável troca de conhecimento.

Abra a sua mente para viver novas experiências pelo mundo. Aqui na ViraVolta, na categoria EXPERIMENTE, sempre compartilhamos idéias interessantes para você experimentar por aí, pois acreditamos que passar por elas vai influenciar muito na sua transformação pessoal.

 Crédito foto de capa: Chico Lencioni

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Carol Fernandes

IDEALIZADORA

Uma virginiana certinha da pá virada, que virou de vez depois de viajar o mundo e decidiu que só ia fazer o bem. Criou a ViraVolta porque acredita que viajar o mundo transforma as pessoas e as pessoas transformam o mundo. Não escreve rebuscado, poético ou certinho, mas fala com a alma e o coração.​

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