Nem o dólar alto vai impedir meu sonho de viajar o mundo

O DÓLAR SUBIU, O DESESPERO BATEU E O SEU SONHO DE VIAJAR O MUNDO ESTÁ INDO PARA O BURACO? FAZ SENTIDO? NÃO FAZ NÃO.
Um sonho só não pode ser realizado quando ficamos congelados ao plano inicial. Lembre-se que para realizar um sonho existem vários caminhos e não apenas um. E que no final tudo depende do nosso esforço, pois não temos total controle as variáveis à nossa volta.

Na semana passada, tomei conhecimento da história da Marina Zoppei, uma jovem de 26 anos que após 3 anos de economias para viajar o mundo estava pronta para partir, até que a notícia devastadora do dólar deu uma pernada nela. Mas nem isso a desanimou e ela já está dando a volta por cima pra não deixar seu sonho morrer.

Conheça um pouco da história dela e não deixe esse dólar alto de desanimar. Vai que dá!

Texto de Marina Zoppei

 

Como muita gente por aqui, o meu grande sonho sempre foi viajar o mundo. Desde que sei o significado do dinheiro eu junto uma parte para sair perambulando por aí e viajar e foi conhecendo mentes maluquinhas pelo mundo que eu comecei a perceber que tirar um tempo só pra mim não parecia mais tão maluquice assim.

A minha ideia de viajar pelo mundo é tão antiga que nem lembro direito como surgiu. Ela sempre esteve por aqui ou ali na esquina, mas algo sempre me prendia aqui. Quando eu percebi que, finalmente, eu já não estudava mais e também já tinha algum dinheirinho, o meu emprego era a única coisa que realmente me mantinha aqui. Hoje a situação no país não é das melhores, mas também confio na minha capacidade de arranjar outro trabalho quando eu voltar. Vai saber se eu não encontro algo diferente também por lá mesmo?

A vontade era tanta, mas tanta, que não medi esforços para realizar esse sonho. Por três anos, além de juntar mais de 70% do meu salário para o projeto, vendi minhas roupas online, fui para o trabalho de bike, deixei de ir incontáveis vezes a happy hours e festinhas sazonais, algumas viagens de carnaval e réveillon, e também dediquei muito do meu tempo a ele: li e pesquisei muito sobre todas as minhas possibilidades. Em julho de 2015 eu finalmente cheguei à conclusão: estava prontíssima para ir. Já tinha o dinheiro, roteiro, noção básica de como viajar barato, aprovação da família, conta no exterior, vacinas, documentação, equipamentos… O que faltava mesmo era ir embora e… comprar o dolar. Já percebeu onde eu quero chegar né?

E agora…o dólar?

Gente, quando eu vi o dólar a 4,00 eu chorei. Chorei mesmo. Daqueles choros de ficar com o olho vermelho. 50% de tudo que eu havia economizado estava perdido. Me dei o direito de ficar muito magoada por alguns dias para depois pensar em como sair dessa. E para ilustrar todas as fases do meu desespero quando o dólar subiu eu decidi compartilhar esse vídeo abaixo, que demonstra bem pelo que eu passei de forma divertida:

SOLUÇÕES PARA DRIBLAR O DÓLAR ALTO

 

Para realizar meu sonho eu me reinventei. E o Projeto ViraVolta me ajudou, e muito, nesse processo de aceitar que eu não preciso de toda essa grana. Não há problema em testar os meus limites, afinal, tenho consciência de que essa viagem terá muito disso!

  • Revi todo o meu roteiro, para deixar a viagem mais barata
  • Me inscrevi em todos os sites de freelancer para poder trabalhar enquanto viajo. Conheci muitas pessoas que conseguem uma grana enquanto viajam, por que eu não posso também?
  • Me inscrevi em todos os sites de trabalho em troca de hospedagem, worldpackers e derivados, para tentar reduzir meus custos durante a viagem.
  • Descobri que eu poderia explorar minhas habilidades para fazer uma grana extra para o meu sonho. Uma descoberta completamente nova pra mim. Como eu relato abaixo.

No meu aniversário, descobri um talento meu especial em fazer brigadeiros quando todos evaporaram da mesa logo após o “parabéns”. Além de descobrir algo novo sobre mim, também tive a ideia de tentar remar contra a maré de azar que o dólar trouxe para os meus planos. Ao invés de pensar que poderia não dar certo vender brigadeiros porque eu não tenho uma marca, uma cadeia produtiva e porque ninguém desconhecido ousaria comer algo que eu havia cozinhado, resolvi me despir dos meus preconceitos.

Me chamaram de doida no trabalho, duvidaram que eu teria coragem e até meus pais riram, mas decidi que o dólar não poderia me fazer desistir. O dólar tá ruim agora e vai provavelmente continuar ruim ou pior. E eu nessa história? E todo o meu esforço até agora? E tudo que eu sonhei? Sei que há grandes chances do dólar piorar, e se isso acontecer eu vou rever de novo todo o roteiro, até chegar a um equilíbrio para conseguir ir. O que eu não posso deixar de fazer é ir.

Durante o meu horário do almoço eu vou até a pracinha da berrini com a Rua Surubim para vender os meus brigadeiros que faço todas as manhãs e para contar para todos a minha história. Para a minha surpresa, em poucos dias eu não só vendi incontáveis brigadeiros, mas também já atendi a encomendas e também troquei muitas histórias com as pessoas que encontro nas ruas de São Paulo. Hoje eu sou a “Marina do brigadeiro”, “a menina que quer viajar”, “da história doida” e “a que se danou com o dólar”.

Essa situação toda me ensinou muito e me preparou ainda mais para o que está por vir. Aprendi que não há planejamento suficiente para garantir que tudo ocorra da maneira que eu quero, que eu posso ter talentos desconhecidos por mim mesma, a vender uma ideia, a me conectar com as pessoas, a ter coragem e acima de tudo que a minha vontade é maior do que qualquer crise e pessoas que me digam o contrário. Nem embarquei rumo a minha aventura e ela já me trouxe tudo isso. Mal posso esperar para encarar tudo que ela me reserva.

MARINA ZOPPEI

Marqueteira de 26 anos que sempre sonhou em viajar pelo mundo. Em um cenário econômico desfavorável para embarcar na sua aventura, ela conta com as vendas de brigadeiros nas ruas de São Paulo para bancar parte da aventura. Acompanhe o desafio no insta: @mazoppei

E é com toda essa força de vontade que eu tenho certeza que a Marina vai conseguir partir para a sua aventura de 18 meses pela Ásia e o Leste Europeu. Afinal, somente nós mesmos podemos sabotar os nossos planos, pois para as variáveis incontroláveis existe sempre uma soluçãoAprenda a viajar barato e não desista não. Vai que dá!

 Créditos das fotos: Marina Zoppei

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Carol Fernandes

IDEALIZADORA

Uma virginiana certinha da pá virada, que virou de vez depois de viajar o mundo e decidiu que só ia fazer o bem. Criou a ViraVolta porque acredita que viajar o mundo transforma as pessoas e as pessoas transformam o mundo. Não escreve rebuscado, poético ou certinho, mas fala com a alma e o coração.​

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