CONHECER A ANGELINA DEIXOU MINHA TARDE FELIZ. DIZEM QUE ELA TEM UM ANJO DA GUARDA… MAS EU ACHO QUE ELA É O ANJO DA GUARDA EM PESSOA. Que ser iluminado e que se preocupa em fazer o bem por onde passa! A história da Angelina é prova: de que mulher não é um sexo frágil e pode sim viajar o mundo sozinha, de que a coragem vem com a vontade de realizar um sonho e de que quando fazemos coisas boas o universo retribui de forma positiva. Não deixe de ler ou de assistir essa história incrível.
VIAJAR COM PROPÓSITO
Angelina largou a sua carreira bem sucedida de 10 anos no mercado financeiro depois de uma crise pessoal, que ela nomeou de “retorno de saturno”. Uma crise típica da nossa geração, onde pessoas entre 27 e 30 anos começam a requestionar suas vidas com perguntas clássicas como: quem sou eu, porque estou aqui, qual o propósito da minha vida, eu estou feliz com a minha vida atual… E depois de muito refletir pareceu claro para ela de que ela devia experimentar novos caminhos e que uma viagem fazia todo sentido.
Mas ela não queria viajar por viajar. A viagem tinha que ter um propósito e possibilitar que ela vivesse experiências que a ajudassem a ver esses novos caminhos. E foi assim que ela decidiu focar sua viagem focada em trabalhos voluntários. Fazendo isso ela conseguiu unir as 3 cosias que mais a deixavam feliz: viajar, fotografar e ajudar as pessoas.
E foi assim, focando no voluntariado, que Angelina por 20 meses explorou um roteiro inusitado, passando por mais de 40 países, o que incluiu muitos países que a maioria dos brasileiros nem pensaria em pisar ou diria “vai fazer o quê lá?”. Os principais países que ela visitou: Albânia, Armênia, Azerbaijão, Bangladesh, Egito, Espanha, Etiópia, Filipinas, Geórgia, Haiti, Índia, Indonésia, Israel, Itália, Jordânia, Quênia, Kosovo, Mcedônia, Malawi, Moçambique, Myanmar, Nepal, República Dominicana, Ruanda, Sri Lanka, Timor Leste, Turquia, Uganda, Zambia e Zimbabwe.
Durante esses 20 meses ela trabalhou em orfanato, maternidade, em fazendas orgânicas, com meninas grávidas expulsas de casa, refugiados da Síria, meninas violentadas pelos próprios pais, prostitutas e fez trabalhos em hostel por troca de hospedagem. Segundo ela, nunca foi preciso de mais de 3 dias para encontrar uma oportunidade nos países em que ela chegava. O mundo é carente de ajuda e ter a chance de contribuir é muito gratificante e faz bem pro ser humano.
No seu aniversário ela ganhou 200 reais de uma amiga que disse para ela gastar em algo que a deixasse feliz. Assim ela fez: resolveu passar 7 dias “caminhando” pela Etiópia e gastar o dinheiro comprando coisas dos mercados locais e doando pelo caminho. Ela é ou não é um ser iluminado?
MEDOS
A maioria das pessoas teria medo de fazer o roteiro da Angelina, não somente mulheres, mas muitos homens também. No início ela disse ter medo sim, pelo inesperado, principalmente na África, em países com cultura muçulmana extremista e regiões que tinham altas taxas de abuso sexual. Mas depois que ela começou a viver a experiência tudo foi ficando mais simples, ela aprendeu a se comportar nas mais adversas situações e com o tempo foi ganhando mais confiança.
Ela diz não ter muita coragem. Mas pra mim ela tem muita coragem sim. Afinal, a coragem não é a ausência de medo e sim a ação para a superação deles. Ela cruzou a África sozinha por terra em transporte público e pegou carona com muitos caminhoneiros pelo caminho. E garante, ela se sentiu mais segura fazendo isso na África do que no Leste Europeu.
VIAJANDO BARATO
Ela aprendeu que era possível viajar barato quando ainda era uma jovem estudante e decidiu viajar de férias para o Peru e a Bolívia com apenas 400 dólares. O pai dela não acreditou que seria possível, mas ela ficou 40 dias viajando e gastou apenas 300 dólares. Daí em diante uma porta ilimitada de se abriu na frente dela.
Devido ao formato e propósito da sua viagem pelo mundo ela gastou apenas 40 mil reais em 20 meses, incluindo absolutamente todos os gastos, inclusive passagens aéreas. Isso significa um gasto de 2.000 por mês. Duvido que você consiga gastar menos que isso morando aqui no Brasil! Já falamos aqui no site que pessoas que viajam com um propósito tendem a gastar menos.
Ela diz que pra ela é muito fácil viajar barato, pois não se preocupa com luxos e frescuras e o que vale mesmo são as experiências que a permitem ir além dos seus limites. Uma aventureira de verdade!
OS APRENDIZADOS DA EXPERIÊNCIA
Pra ela, viver uma experiência como essa transforma muitas coisas em um ser humano. E mesmo pra ela, que sempre se sentiu já um peixe fora d’água, a viagem conseguiu trazer muitos aprendizados:
- A se respeitar mais
- A ter uma vida mais tranquila
- A enxergar além do “mundinho” dela
- A viver uma vida com menos e mais simples
- A reconhecer o talento das pessoas
- A ver que existem muitas possibilidades, até mesmo para trabalho
- A reconhecer e valorizar mais os momentos
- A compreender que a alegria está em outras coisas e não nas coisas materiais
Hoje, após a viagem, ela se sente um ser mais humano. E eu posso afirmar isso, afinal ela brilha de tão iluminada.
A DICA DELA PRA QUEM TEM MEDO DE REALIZAR ESSE SONHO
Simplesmente vai, se joga. A vontade de fazer é o mais importante. Para viajar o mundo a única coisa que você precisa é o documento.
Angelina é gente como a gente. Mas é exemplo de coragem e prova de quando queremos realmente uma coisa podemos sim realizar. Sua história é inspiradora e suas fotos transmitem a pureza do seu olhar. Por isso não deixe de conferir o trabalho fotográfico maravilhoso dela: Through the lens of amy
Dados da viagem
20 meses pelo mundo
Mais de 40 países
Centenas de almas ajudadas
Coragem de sobra
Quer saber mais sobre a viagem da Angelina?
- Site: travelblog.org/Bloggers/Traveling-with-Angel
- Não deixe de ver as fotos: throughthelensofamy.blogspot.com.br
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Créditos das fotos: Angelina Yamada
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Carol Fernandes
IDEALIZADORA
Uma virginiana certinha da pá virada, que virou de vez depois de viajar o mundo e decidiu que só ia fazer o bem. Criou a ViraVolta porque acredita que viajar o mundo transforma as pessoas e as pessoas transformam o mundo. Não escreve rebuscado, poético ou certinho, mas fala com a alma e o coração.
