Robison Portioli, uma vida nômade

ESSA HISTÓRIA É DIFERENTE DE TODAS AS OUTRAS. ROBISON É DA SEGUNDA GERAÇÃO DE UMA FAMÍLIA DE VIAJANTES. E ISSO MUDA TUDO. Ele passou a infância viajando em um trailer com os pais e por isso alguns conceitos pra ele são completamente diferentes dos nossos. Quando eu falei pra ele da entrevista ele me disse que achava que ele não era o perfil. Mas eu achei simplesmente sensacional, pra mostrar que existem pessoas com outras perspectivas.

A HISTÓRIA

 

Quando Robison ainda era pequeno seus pais tiveram a brilhante idéia de vender tudo, comprar um trailer e sair viajando pelo Brasil. E assim eles fizeram. O trailer virou a casa deles, os filhos cresceram pelo caminho, a mãe educava os 3 filhos e para ganhar dinheiro eles iam se virando fazendo todo tipo de trabalho, até mesmo artesanato.

Com um estilo de vida assim os filhos cresceram com um conceito de liberdade e desapego muito diferente do que aprendemos na nossa sociedade tradicional. Sabe aquele medo de largar tudo que você tem? O Robison nem tem esse tipo de preocupação, pra ele a vida é uma constante evolução e a prioridade dele é se sentir livre. Sabe aquela sua enorme preocupação com a estabilidade? Ele nunca teve isso. Sempre viu os pais se virarem, teve uma infâmia rica em experiências e acredita que uma pessoa dedicada e inteligente sempre vai conseguir encontrar uma forma de se virar, basta ter vontade. Sabe aquele medinho da incerteza no futuro que te atormenta? Ele também não sofre desse mal. Ele se preocupa em viver uma vida plena agora acreditando que o mundo tem coisas boas a oferecer. Na concepção dele ele sempre considera que vai dar certo e não o contrário.

É claro que crescendo com esses exemplos é claro que o Robison seguiu um estilo de vida nômade e nunca ficou mais de 3 anos parado em um mesmo lugar.

AS VIAGENS

 

Sua primeira aventura de moto foi aos 18 anos, quando percorreu mil quilômetros sozinho. Depois com 21 anos ele percorreu 5 mil quilômetros pelo Brasil com a irmã na garupa. E foi em 2009, aos 23 anos, que ele fez uma viagem de 5 meses de moto sozinho, rodando 25 mil quilômetros, percorrendo o Brasil e mais 5 países da América Latina (Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia) em uma moto 250cc.

O mais engraçado foi quando ele contou para o pai a idéia maluca de deixar o emprego para viajar com uma moto velha e sem muito dinheiro. O pai olhou e perguntou: “porque você tá colocando prazo nessa viagem? Vai que você fica 5 anos viajando. Coloca suas tralhas na moto e deixa que a revisão da moto eu pago.” É, já da pra sentir que os pais do Robison pensam bem diferente da maioria dos pais por aí, que acreditam que fazer uma longa viagem é perda de tempo, arriscado e que não vai agregar nada na vida. Ainda bem que existem pessoas que vêem valor nesse tipo de experiência.

Ao retornar dessa viagem ele escreveu o livro sobre a experiência de moto, chamado “Vida Nômade”. E como um bom nômade não para quieto no mesmo lugar, ele acabou decidindo ir se aventurar em outro país. Vendeu a moto e com esse dinheiro foi para Irlanda e ficou dois anos morando lá, de 2011 a 2013. E foi então que veio a brilhante idéia… “Agora que eu já estou aqui desse lado, porque não aproveito para fazer uma volta ao mundo?” Em 2013 ele partiu para a sua aventura de 5 meses pelo mundo, visitando 12 países. Turquia, Jordânia, Índia, Nepal, Tailândia, Laos, Vietnã, Camboja, China, Cingapura, Nova Zelândia e Chile.

A GRANA

 

O Robison nunca teve dinheiro sobrando mas isso nunca o impediu de realizar todas essas viagens. Quando ele decidiu fazer a viagem de moto não tinha a grana e quando ele decidiu fazer a volta ao mundo foi a mesma coisa. Mas do dia em que tomou a decisão começou a economizar cada centavo, até na hora de comprar o pão, diz ele.

Ele diz que o problema é que as pessoas tendem a associar essas experiências com muito dinheiro. Mas em todos esses anos de andanças, ele disse nunca ter visto uma pessoa com muita grana realizando longas viagens. Geralmente, as pessoas com muito dinheiro estavam sempre viajando de férias apenas, com o tempo contado. “Quem viaja mesmo é quem tem pouco dinheiro, não quem tem muito dinheiro. Principalmente viagens mais longas”, diz ele.

A VIDA AGORA

 

Pra ele viajar o mundo ajuda a dar auto confiança e te ensina a ter poucas necessidades. Daí basta um pouco de criatividade pra você conseguir viver bem. Ele diz que tudo sempre deu certo pelo simples fato dele acreditar e ter sonho realizados é viver uma vida sem pendências. O pior seria ficar esperando a oportunidade bater na sua porta, pois isso pode nunca acontecer.

Quando voltou da viagem de volta ao mundo, seus pais já tinham sossegado em um canto e ele acabou herdando o trailer, chamado carinhosamente de “Canela”. Ele reformou o trailer todo, cruzou o Brasil fazendo 4.000 quilômetros até Natal no Rio Grande do Norte e lá ele decidiu parar por uns tempos para transformar o trailer em um café. Sabe se lá por quanto tempo. Então, se você for a Natal, não deixe de entrar em contato com o Robison pra fazer uma visita ao Café. Ele vai ter histórias incríveis de viagem pra te contar.

Ele tem toda razão. É acreditar que faz a diferença. Robison é gente como a gente, mas teve uma criação muito diferente da maioria de nós e isso faz com que ele enxergue a vida e o mundo de uma outra perspectiva. Uma perspectiva que faz ele ir atrás de todos os seus sonhos. E por isso eu admiro muito a história dele. Afinal, pra ir atrás dos sonhos é preciso coragem.

 

Se você comprar o livro do Robson por esse link você estará ajudando a manter o projeto ViraVolta vivo. 🙂

 

DADOS DA VIAGEM

1 VIAGEM DE MOTO
2 ANOS MORADO FORA
1 VOLTA AO MUNDO
1 VIDA EM MOVIMENTO

QUER SABER MAIS SOBRE ELE?

  • FB do Robison: facebook.com/v.nomade
  • Não deixe de ler o livro: Vida Nômade. Liberdade, desapego e aventura.

Créditos das fotos: Robison Portioli

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Carol Fernandes

IDEALIZADORA

Uma virginiana certinha da pá virada, que virou de vez depois de viajar o mundo e decidiu que só ia fazer o bem. Criou a ViraVolta porque acredita que viajar o mundo transforma as pessoas e as pessoas transformam o mundo. Não escreve rebuscado, poético ou certinho, mas fala com a alma e o coração.​

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